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Voltei porque eu "me simpatizo" com vocês!

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“Aonde você mora? Ou seria onde??? Puta que pariu!!!”

Quem nunca teve dúvida sobre duas palavrinhas capazes de machucar nossos ouvidos e nos irritar profundamente, como ONDE e AONDE? Chega de dúvida. Bora lá aprender saporra! ONDE dá ideia de LUGAR em que se está ou em que se passa algum fato, estando geralmente, ainda, associada a verbos de estado e permanência. Ex: Onde fica a casa das primas? / Onde está o flagrante? / Estou preso onde você me deixou / Começaremos a patifaria de onde paramos / Onde você comprou essa roupa também tinha para homem? / Já AONDE é a junção da preposição a + onde e dá a ideia de movimento, muito por estar associada, geralmente, a verbos que indicam movimento. Incrível né!!! Vou exemplificar: Ex: Aonde você vai vestida desse jeito? / Não sei aonde ir / Aonde você espera chegar sendo um maldito cretino? / Eu andarei contigo aonde você for / Antes que você me pergunte sobre aquela música escrota do Cidade Negra, sim, eles erraram. Mas foi de forma deliberada (assim espero!), graças à tal licenç

“Menas ingnorância, é ansim que se fala!”

Determinadas palavras jamais deveriam ser proferidas. E não é porque são descartáveis ou inúteis. Nada disso. O problema é que quando são subvertidas causam vergonha alheia. Sabe quando o cidadão lança na roda aquele “seje” que chega aos ouvidos como um tapa do Hulk??? É disso que eu estou falando!!! Com o utópico sonho de tentar evitar que cada vez mais pessoas cometam atrocidades gramaticais com alto grau de complexidade, elaborei o Top 10 das palavras – versão Mobral – que jamais deveriam sair da boca de alguém. MENAS: o advérbio de intensidade "menos" é invariável, sempre; SEJE: o verbo SER, no presente do subjuntivo e no imperativo, será sempre "seja". Isso também se aplica a "esteja", do verbo ESTAR; ADEVOGADO: por que será que ninguém fala "Adeministração"??? Mistério!!! É advogado, cidadão!!!; INGNORANTE: quem fala assim é um "indiota", "istúpido" e fugiu da "iscola", segundo o dicionário da Carla

“Mim Tarzan, você Jane!”

Se tem uma coisa que me incomoda bastante é o tal do “MIM pronome pessoal reto(!)”. Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, já ouviu um sonoro “pra mim fazer”, “pra mim comer”, “pra mim comprar”, “pra mim se matar”, etc. O detalhe, caros amigos, é que MIM não é pronome pessoal reto (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas) e muito menos conjuga verbo. Mim não come, mim não compra, mim não mata! Somente o “EU” é capaz de expressar ações na primeira pessoa do singular. Outra coisa que me chama a atenção é que as pessoas cometem esse erro grotesco sempre no meio e fim das orações, nunca no início. Ninguém diz “Mim vai almoçar e você fica aqui”, mas todo mundo diz “Você fica aqui pra mim almoçar”. Deve haver alguma explicação para isso na Linguística, contudo, não é hora para análises de discurso.    Nos interessa saber que, antes de verbos, ao invés de MIM, o correto é usar o pronome “EU”. Ex: Vou fazer bucho para EU comer | Duvido que EU compre essa porcaria | É mais provável q

“Por que o porquê do porque é diferente de por quê?”

O assunto do post de hoje chegou-me por meio do camaradinha Bruno Damião, de Mogi Guaçu (SP). Puto com as pegadinhas do universo gramatical, ele questiona o uso dos “porques” e a funcionalidade de cada um. Calma, paquito!!! É bem mais simples do que você pensa. Let’s go, little grasshopper!!! Há quatro tipos de “porque” na Língua Portuguesa, todos muito simples e de fácil memorização. “POR QUE” (preposição + pronome interrogativo) é utilizado sempre em PERGUNTAS (exceto quando encerra a frase, conforme aludido abaixo) e equivale a POR QUAL RAZÃO / POR QUAL MOTIVO. Molezinha!!! Ex: “Por que” que você é escroto desse jeito? Há casos que “POR QUE” assume a sequência preposição + pronome relativo e, por isso, passa a ser equivalente aos pronomes PELO QUAL e flexões (pela qual, pelos quais e pelas quais).   Ex: Ser escroto é a Filosofia por que você respira. Já “POR QUÊ” é usado sempre ao término das frases, imediatamente antes de um ponto (final, interrogação, exclamação

Mas, não tem nada de mais!”

O assunto de hoje é uma solicitação do auditor Alessandro PINTO Nadalini, que mora em Campinas (Ah, mona!!!). Ele quer que eu explique para os seus amigos semianalfabetos a diferença entre “MAS” E “MAIS”. Deixa comigo, PINTO!!! O “MAS” é uma conjunção (palavra invariável que une termos de uma oração ou une orações, segundo Infante, 1995) adversativa, a qual exprime ideia contrário e equivale a PORÉM, NO ENTANTO, CONTUDO, ENTRETANTO, TODAVIA, etc. Ex: Ele comeu cocô, MAS já escovou os dentes | Ele é viado, MAS é meu amigo Já o “MAIS” pode ser um advérbio de intensidade ou pronome indefinido, usado, na maioria das vezes, em oposição (contrário) a MENOS. Usado como advérbio de intensidade, o MAIS modifica um verbo ou adjetivo: Ex: Estou cada vez MAIS velho e MAIS feio | Mais vale uma teta na mão do que duas no sutiã Usado como pronome indefinido, o MAIS modifica um substantivo: Ex: Menos conversa e MAIS pancadaria (SUBSTANTIVO) resolveriam a situação. TENTE ESQUECER

“Há, à, a, ah, HÃÃNNNNNNN???”

Bem, cocotões e cocotinhas!!! Agora que finalizamos o assunto CRASE (por enquanto, pois novas dúvidas poderão surgir até os últimos dias de nossas vidas!!!), quero aproveitar o ensejo para esclarecer o uso de quatro vocábulos completamente diferentes que costumam espancar a Gramática na mão dos menos atentos(!). LOMBARDI, QUAL É O TEMA??? OI, SÍLLVIUUU!! O TEMA DE HOJE É A MERDA DO HÁ, À, A, AH, SÍLLVIUUU!!! Para diminuir o problema, esqueçamos o “À” (crase = preposição + artigo), visto que já esmiuçamos este assunto nos últimos três posts. Portanto, MORRA, CRASE!!! Partamos, então, para a palavra “HÁ”: trata-se do verbo HAVER, na forma impessoal, empregado na terceira pessoa do singular (regra imutável para verbos impessoais, que também são invariáveis e não possuem sujeito). Aqui, o HÁ é utilizado no sentido de EXISTIR. Ex: HÁ (existe) uma calcinha suja no varal | Eu me caguei todo e não HÁ (existe) o que dizer nessa situação | HÁ (existe) coisa pior que hemorroidas?